Alguns críticos dirão que o Museu Guggenheim de Frank Gehry, ao norte da cidade espanhola de Bilbao, inaugurado em 1997, é uma das mais influentes e impactantes obras da arquitetura moderna. Com suas folhas de titânio e seu complexo de blocos interligados, o museu dá um aceno ao industrialismo de Bilbao, mas, também, às curvas do Guggenheim de Frank Lloyd Salomon, em Nova York.
No alto da cidade de Lhasa está a antiga sede do governo Tibetano e antiga casa de inverno de Dalai Lama. Mais notável agora por sua imponente presença do que por seus moradores, essa enorme construção de 13 andares de altura contém milhares de cômodos e possui o estilo de um tradicional templo budista, talvez mais elaborado. Acredita-se que mais de 7000 trabalhadores estiveram envolvidos nessa construção durante o século VII a.C. Agora, o Potala Palace é um museu estatal da China e ocupa um lugar na lista de Patrimônios da Humanidade da Unesco.
Com suas velhas pirâmides e sua Bibliotheca Alexandrina, o Egito agora tem o melhor do novo e do antigo. Como um enorme disco inclinado ou um interruptor gigante, a atual biblioteca de Alexandria, à beira-mar, é, sem dúvida, o primeiro grande projeto do novo milênio. Concluída em 2002, é inspirada na Biblioteca de Alexandria original, fundada no século 3 a.C. e aclamada como a maior de todas as instituições clássicas. A construção inclinada representa um segundo sol nascendo no Mediterrâneo. O vasto espaço da rotunda pode abrigar oito milhões de livros.
Sem dúvidas, é a mais extraordinária igreja do mundo, projetada pela mente de um dos arquitetos mais excêntricos da história: Antoni Gaudí. Com as suas torres afiladas como braços endireitados de um polvo, a construção da Sagrada Família começou em 1882, e a visão de Gaudí era tão complexa que a igreja ainda está inacabada. Quando estiver totalmente finalizada, a igreja contará com três fachadas e 18 torres, a mais alta delas (170m) representando Jesus Cristo. Os planos visam concluir o ícone de Barcelona em 2026, ano em que se completa o 100º aniversário da morte de Gaudí, embora agora seja até uma pena vê-la concluída.
Seria essa a construção arquitetônica mais famosa e mais romântica (exceto pela cidade industrial à sua volta, e seus montes de riquixás e camelôs) do mundo? Descrita pelo poeta indiano Rabindranath Tagore como uma lágrima no rosto da eternidade, o Taj Mahal, em Agra, foi construído pelo Imperador Shah Jahan como um memorial para a sua segunda esposa, Mumtaz Mahal, que morreu dando à luz ao seu 14º filho em 1631. Ele é um extravagante monumento de mármore branco ao amor, o que explica todos os jovens casais que o contemplam maravilhados.
Figurando ao lado de uma das maiores praças do mundo, a mesquita de Imam, em Isfahan, é uma maravilha ladrilhada completamente coberta por dentro e por fora com ladrilhos azuis e amarelos (marca registrada de Isfahan). A mesquita é uma estonteante construção do século XVII, e seus ladrilhos parecem mudar de cor dependendo das condições de luz. Sua cúpula principal tem 54m de altura e é rebuscadamente ornamentada com um mosaico floral estilizado, enquanto seu portal de 30m de altura é um exemplo supremo dos estilos arquitetônicos do período safávida (1502-1772). A mesquita fica inclinada para a praça cerca de 45 graus, de modo que se volte para Meca.
Mais conhecido como invólucro exterior para o notório Museu Hermitage, essa joia cor de pistache às margens do Rio Neva, em São Petersburgo, foi projetada por Francesco Bartolomeo Rastrelli como a residência de inverno dos czares russos. Ocupando um quarteirão inteiro, ele guarda todo o primor e ornamentação do período barroco; estátuas ficam nos cantos do telhado como mergulhadores a lançarem-se sobre o rio Neva. Não é de se admirar que esta seja a obra-prima de uma cidade construída especialmente para que a Rússia pudesse competir com a beleza arquitetônica da Europa.
Descrito por TE Lawrence como o mais refinado castelo no mundo, esse forte cruzado no topo da montanha pode ter 800 anos, mas, como se tivesse passado por um tratamento de botox, mantém-se firme e forte contra o desgaste do tempo. É um clássico modelo de castelo medieval, com suas grossas paredes exteriores separadas da estrutura interna por um fosso escavado na rocha. Dentro, é uma mini-cidade completa, com uma capela, banheiros, uma sala grande e uma loggia gótica. O sinal mais visível do envelhecimento é a vegetação que cresce em suas paredes – nada que uma boa aparada não corrija.
Projetado por Oscar Niemeyer, o renomado arquiteto da capital brasileira, Brasília, o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, testará seu senso estético. Como todas as grandes obras arquitetônicas – provavelmente ainda mais – a aparência do museu possui um elemento que uns amam e outros odeiam, tendo sua principal galeria na forma de um olho de vidro reflexivo apoiado em uma coluna amarela rodeada por rampas curvas sobre uma piscina d’água. Ao entrar no “Museu do Olho”, você verá que cada aspecto do projeto parece reunir beleza e capricho.
A Basílica de Aya Sofia é o grande marco arquitetônico do coração de Istambul, com seus quatro minaretes parecidos com foguetes prontos para partir rumo à lua. Construída no século VI d.C. como uma igreja ortodoxa, ela se tornou mais tarde uma mesquita e, desde 1935, é um museu. Sua enorme estrutura foi construída em apenas cinco anos, e suas paredes cor de almíscar são rematadas por uma imponente cúpula de 31m de largura por 56m de altura. A base da cúpula é rodeada por janelas, para que, de dentro da estrutura, a cúpula pareça quase pairar acima do edifício.